Dicas das inadequações mais comuns da ortografia na língua portuguesa

Os erros de ortografia podem abranger uma variedade de situações, desde a confusão entre palavras homófonas até a incorreta aplicação das regras de acentuação e de grafia de palavras. Alguns exemplos comuns incluem:

1. Uso de "mal" em vez de "mau": "mal" é um advérbio que indica modo, enquanto "mau" é um adjetivo que denota qualidade ruim.

2. Confusão entre "sob" e "sobre": "sob" indica posição inferior ou submissão, enquanto "sobre" indica posição superior ou acima.

3. Emprego inadequado das letras "s" e "z": Muitas pessoas têm dificuldade em discernir quando utilizar essas letras, o que pode resultar em erros como "pespectiva" em vez de "perspectiva".

4. Erros na acentuação gráfica: Isso pode incluir o uso incorreto de acentos diferenciais (como em pára/para) e acentos tônicos, bem como o descumprimento das regras gerais de acentuação das palavras.

5. Palavras compostas: Muitas vezes, erros ocorrem na junção ou separação de palavras compostas, como em "derrepente" ao invés de "de repente".

6. Uso incorreto de "por que", "por quê", "porque" e "porquê": Muitas pessoas têm dificuldade em saber quando utilizar cada uma dessas formas. "Por que" é utilizado em perguntas, "por quê" no final de uma frase interrogativa, "porque" como conjunção causal ou explicativa, e "porquê" como substantivo.

7. Confusão entre "mas" e "mais": "Mas" é uma conjunção adversativa, enquanto "mais" é um advérbio de intensidade ou indica quantidade superior.

8. Os erros de concordância verbal e nominal são comuns na língua portuguesa e podem ocorrer em diferentes contextos. Aqui estão alguns exemplos e explicações sobre esses tipos de erro:

Concordância Verbal:
- Sujeito simples e verbo no plural: Por exemplo, "Ele precisam estudar" em vez de "Ele precisa estudar".
- Sujeito composto e verbo no singular: Como em "Maria e João foi ao cinema" ao invés de "Maria e João foram ao cinema".

Concordância Nominal:
- Concordância de gênero: Por exemplo, "O problema são as soluções" em vez de "O problema é as soluções".
- Concordância de número: Como em "Meio quilo são suficientes" ao invés de "Meio quilo é suficiente".
Esses erros podem ocorrer por falta de atenção, influência de fala coloquial, desconhecimento das regras gramaticais ou confusão na identificação do sujeito da oração. É importante revisar a escrita para corrigir esses equívocos e garantir a clareza e correção da comunicação escrita.

9. O uso inadequado de pronomes pessoais pode ocorrer em diferentes situações na língua portuguesa. Alguns exemplos comuns incluem:

- Troca de "me" por "mim" e "te" por "ti": Essa confusão ocorre frequentemente, especialmente em situações informais. Por exemplo, é comum ouvir frases como "Ele me chamou para ir com ele" em vez de "Ele chamou-me para ir com ele".

- Uso incorreto de pronomes oblíquos átonos: Por exemplo, em vez de dizer "Eu vi ele", o correto seria "Eu o vi". O mesmo se aplica a outros pronomes oblíquos, como "me", "te", "se", "nos", "vos", entre outros.

- Redundância ou omissão de pronomes: Em algumas situações, os pronomes podem ser usados de forma redundante, como em "A mim me pareceu estranho". Da mesma forma, a omissão indevida de pronomes também pode ocorrer, como em "Falei com ela sobre o problema" ao invés de "Falei-lhe sobre o problema".
Esses erros podem surgir devido a influências regionais, falta de atenção ao falar ou escrever, ou desconhecimento das regras gramaticais. É importante estar atento ao uso correto dos pronomes pessoais para garantir uma comunicação clara e correta.

10. Confusão entre "onde" e "aonde": "Onde" indica lugar em que algo está, enquanto "aonde" indica destino. Por exemplo, "Onde você está?" e "Aonde você vai?"

11. Erros comuns em palavras terminadas em -ção e -ssão: Muitas pessoas têm dificuldade em saber quando utilizar cada forma corretamente, como em "inflassão" ao invés de "inflação".

12. Uso incorreto das letras "x", "ch", e "ss": Por exemplo, é comum ver erros em palavras como "seção" em vez de "sessão", ou "chaveiro" escrito como "xaveiro".

13. Confusão entre palavras parônimas: Palavras com grafias ou sonoridades parecidas podem gerar confusão na escrita, como em "concerto" (espetáculo musical) e "conserto" (reparo).

14. Uso inadequado de hífen: Muitas pessoas têm dificuldade em saber quando utilizar o hífen, especialmente em palavras compostas. Por exemplo, "bem-vindo" em vez de "bem vindo", "antiinflamatório", sendo o correto "anti-inflamatório. Use hífen quando a palavra seguinte começar com h ou com vogal igual a última do prefixo: super-homem, anti-higiênico, auto-observação.

15. Confusão entre "trás" e "atrás": "Trás" indica a parte posterior, enquanto "atrás" indica lugar ou tempo passado. Por exemplo, "Ele estava atrás da casa" e "O carro está estacionado atrás do prédio".

16. Erros na grafia de palavras com letras dobradas: Palavras como "exceção", "sessão", "ascensão" muitas vezes são escritas com apenas uma letra c ou s, quando na verdade devem ser escritas com duas.

17. Uso incorreto de prefixos e sufixos: Por exemplo, é comum encontrar palavras como "incompleto" escritas como "icompleto", ou "desfazer" escrito como "desfaser".

18. Erros na acentuação de palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas: Palavras como "cafe" em vez de "café", ou "academico" em vez de "acadêmico".

19. Uso incorreto de letras maiúsculas e minúsculas: Muitas vezes as pessoas utilizam letras maiúsculas em situações inadequadas, como em "ele é Médico" ao invés de "ele é médico".

20. Confusão entre "haver" e "a ver": "Haver" é um verbo que pode indicar existência ou tempo decorrido, enquanto "a ver" está relacionado com ter relação com algo, estar relacionado. Por exemplo, "Não tem nada a ver comigo" e "Havia muitas pessoas na festa."

Esses são apenas alguns exemplos dos desafios que podem surgir na ortografia da língua portuguesa. É importante estar atento a esses aspectos para garantir uma escrita correta e coerente.

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Por Nádia Carvalho.

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